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Olá! Na aula passada você conheceu um pouco da história e da proposta educacional de Dom Bosco, o fundador da Família Salesiana. Agora, estudará quem foi Maria Domingas Mazzarello, co-fundadora do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Ela é considerada o “braço feminino” da proposta pedagógica salesiana e é fonte de inspiração nas instituições salesianas do Brasil e de outros países.
Um aspecto importante, que é preciso esclarecer antes de iniciarmos o estudo sobre seu testemunho de vida: Mazzarello foi mais que uma seguidora de Dom Bosco. Quando afirmamos que ela é co-fundadora da obra salesiana, isso implica em reconhecer que Madre Mazzarello trouxe elementos próprios, que complementaram a proposta educativa salesiana. Em 2014, quando se completaram 150 anos do primeiro encontro de Dom Bosco com Maria Mazzarello, a Agência Salesiana de Informações (InfoANS) publicou um artigo comemorativo, no qual essa afirmação está bem explícita:
Lê-se na Cronistória: “Dom Bosco chega a Mornese com os seus jovens em 1864 para abrir um colégio aos meninos do lugar. Maria olha para ele e exclama: “Dom Bosco é um santo, eu o sinto”. Dom Bosco visita a pequena oficina das Filhas da Imaculada e fica muito impressionado”. Com o passar dos anos há uma mudança de sentido: de pontos de vista, de proposta-aceitação, de partilha, de colaboração em vista do surgimento e da consolidação de uma nova realidade para a qual convergem os dois polos da relação, correspondendo não apenas psicologicamente e espiritualmente, mas também historicamente. De fato, Maria Domingas foi para Dom Bosco um verdadeiro “auxílio” precisamente pela sua compreensão e intuição feminina na percepção do carisma salesiano, e pelo seu empenho total e absoluto ao levar à realização um desígnio providencial. A sua contribuição na fundação do Instituto foi, portanto, substancial. (InfoANS: “150 anos da primeira visita de Dom Bosco a Mornese”).
O padre João Mendonça, no primeiro caderno de seu livro Formação de educadores salesianos, também destaca:
Este último tema poderia ser intitulado: Quando Deus une. De fato, Deus uniu duas pessoas, ambas camponesas e de origem pobre, num grande projeto missionário para a salvação dos jovens. É um daqueles casos em que, se tivesse sido planejado, talvez não desse certo. Contudo, em Dom Bosco e Madre Mazzarello, encontramos semelhanças e originalidades que revelam o amor de Deus por nós. (Mendonça Filho: Formação de educadores salesianos I, p. 57).
É essa contribuição substancial de Madre Mazzarello à obra salesiana, portanto, que esta aula procura ressaltar.
3.1 Maín e a atenção às meninas e jovens
O Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora divide a biografia de Madre Mazzarello em quatro etapas, nas quais há um progressivo amadurecimento da fé e da dedicação às jovens e às meninas. A primeira etapa é a infância, de seu nascimento, em 9 de maio de 1837, em Mornese, Itália, até 1850. Neste período, Maín (como era carinhosamente chamada) desenvolveu sua religiosidade no interior da família.
Com o pai, Maria aprende a viver o trabalho numa visão cristã da vida, dando a cada ocupação o seu verdadeiro significado, nunca subtraindo a oração ao trabalho diário, e santificando com amor as festas.
No trabalho campestre, no silêncio do trabalho manual, aprende a viver na presença de Deus, a contemplar sua ação na natureza, respeitando-o e amando-o nas suas criaturas. A partir do trabalho braçal aprende que nada na vida se conquista sem esforço e descobre o valor do sacrifício, mas ao mesmo tempo compreende a necessidade de respeitar os ritmos das estações colocando-se na escola sábia e realista da natureza, metáfora preciosa do trabalho educativo feito de esperas pacientes, de trabalho silencioso, humilde e perseverante, de confiança incondicional nos recursos do coração humano. (Ko, Maria – Ruffinatto, Piera: A mão de Deus trabalha em ti p. 137-138).
Nos anos de 1850 a 1860, Maria Domingas começou a participar intensamente da vida paroquial. Aos 17 anos, ingressou na União das Filhas de Maria Imaculada e iniciou suas atividades educativas e pastorais junto às meninas da região. Padre João Mendonça descreve a importância dessa entidade e as condições em que foi criada:
A partir de 1848, a situação política começou a mudar drasticamente. Cresceu entre o povo o sentimento anticlerical e o ódio à Igreja e ao Papa. Em Mornese, essa complexa realidade mexeu com os sentimentos do povo. Uma jovem de Mornese, Ângela Maccagno, sensibilizada pelos ataques anticlericais, pediu ao pároco de Mornese, padre Pestarino, para fundar uma associação feminina para trabalhar pelo bem da Igreja e pelo socorro dos mais pobres. Nasceram, assim, as “Filhas da Imaculada”. Em 1855, com o regulamento da associação aprovado, o padre Pestarino convocou um grupo de jovens mornesinas: Ângela Maccagno, Maria Mazzarello, Maria Areco, Joana Ferretino e Rosina Mazzarello. (Mendonça Filho: Formação de educadores salesianos I, p. 63).
Cena do filme “Maín, a casa da felicidade”
Aos 23 anos, quando houve na região de Mornese uma epidemia de tifo, Maria Mazzarello se dispôs a ajudar os doentes, mesmo sabendo que poderia contrair a doença – o que de fato aconteceu. A enfermidade fez com que ela abandonasse a vida no campo, por causa da diminuição das forças físicas, e a proximidade da morte fortaleceu sua fé e sua vocação. Passou a se dedicar à educação das meninas pobres da vizinhança, abrindo uma oficina de costura que logo se transformou em um oratório festivo e em uma casa de acolhida a crianças que não tinham família.
Maria, com vinte anos de idade, ainda jovem, portanto, graças ao intenso trabalho desenvolvido sobre si mesma e usando generosamente os dons da graça e da natureza, alcançou uma maturidade superior à sua idade. Na família, na paróquia, na associação das FMI, com as mães de família, e as meninas do oratório festivo, em cada um destes ambientes, Maria é ponto de referência, jovem exemplar, líder indiscutível. Ko, Maria – Ruffinatto, Piera: A mão de Deus trabalha em ti p. 164).
3.2 A fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA)
A terceira etapa da biografia de Madre Mazzarello vai de 1860 a 1872 – da consolidação de sua missão educativa junto às meninas pobres, até a fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. O primeiro encontro entre Mazzarello e Dom Bosco ocorreu em 1864, dois anos após padre Pestarino entrar em contato com o Santo dos Jovens e descrever para ele as atividades educativas desenvolvidas pelas Filhas de Maria Imaculada. Padre Pestarino considerava que a dedicação em educar e evangelizar as meninas, o cuidado com as crianças mais carentes e desassistidas, a postura sempre alegre e esperançosa, e o direcionamento pastoral eram muito semelhantes ao que Dom Bosco praticava em seus oratórios. E ele tinha razão!
Dom Bosco chegou a Mornese em 7 de outubro, a convite do padre Pestarino, e levou consigo alguns garotos de seus oratórios. Ao vê-lo na praça, durante as festividades para Nossa Senhora do Rosário, Mazzarello declarou a suas companheiras: “Dom Bosco é um santo, eu o sinto”. Naquela visita, Dom Bosco tomou contato com o trabalho realizado pelas Filhas de Maria Imaculada e iniciou-se uma forte troca de experiências e saberes entre ele e Maria Mazzarello:
Desde então, entre o Fundador e a futura Fundadora desenvolve-se uma relação de reciprocidade baseada não somente na direção espiritual, mas na missão educativa. A relação de reciprocidade que eles mantêm é feita de gratuidade, partilha e comunhão. A partir dos anos 1862-1869 percebe-se, por parte de Dom Bosco, a intuição do valor pessoal, do significado espiritual e do valor moral do grupo das Filhas da Imaculada, enquanto por parte de Maria Domingas evidencia-se a significativa intuição da humanidade e da santidade de Dom Bosco, bem como do seu carisma educativo. (InfoANS: “150 anos da primeira visita de Dom Bosco a Mornese”).
Dom Bosco já desejava estender para as meninas o trabalho educativo e evangelizador que realizava com os garotos pobres da Itália, e viu no grupo liderado por Maria Mazzarello essa possibilidade de concretizar o seu sonho.
Como relatam as fontes históricas, Maria Domingas também sentiu naquele primeiro encontro com o sacerdote, algo de muito extraordinário: as palavras dele despertaramem seu íntimo ‘o eco de uma linguagem que ouvia no coração, sem todavia saber exprimi-la. Era como uma coisa que esperava e que finalmente acontece’ (Cronistória I, p. 133, APUD Sberga, Adair Aparecida. “O Sistema Preventivo na perspectiva feminina”, p. 150).
No dia 5 de agosto de 1872, em Mornese, foi criado o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), com 11 integrantes. Madre Mazzarello foi a co-fundadora e a primeira superiora do Instituto.
Na quarta e última etapa de sua vida (1872-1881), Maria Mazzarello dedicou-se à formação de suas irmãs, ao fortalecimento do Instituto das FMA e à sua expansão. Visitava as casas e as novas fundações e, quando não era possível estar presente fisicamente, escrevia cartas de incentivo às irmãs – essas cartas são até hoje fonte de inspiração para a continuidade da proposta educativa salesiana junto às crianças e aos jovens.
A arte do acompanhamento em Maria Mazzarello inspira-se num princípio de matriz agostiniana e salesiana: «Fazer com liberdade tudo o que requer a caridade»,190 porque é expressão daquele amor educativo que parte do conhecimento da pessoa, da atenção ao chamá-la pelo nome, ou seja, ao respeito pela sua individualidade, da confiança e do “olhar que valoriza”, de quem pretende ajudar a pessoa a realizar a vocação à qual é chamada, da melhor maneira possível. (Ko, Maria – Ruffinatto, Piera: A mão de Deus trabalha em ti p. 180).
Pausa para o vídeo...
Vamos fazer uma pausa breve para conhecer melhor o contexto em que foi fundado o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e um aspecto singular da dedicação de Madre Mazzarello a essa proposta: a comunicação. Assista a este trecho do vídeo “Madre Mazzarello Comunicadora”, de irmã Eliane Petri.
No vídeo, irmã Eliane Petri mostra que a Mornese em que vivia Madre Mazzarello era muito diferente da Turim de Dom Bosco. Assim, embora a proposta educativa de ambos fosse semelhante, ela adaptou-se aos diferentes contextos.
Domingas Mazzarello, no contato com Valdocco e com os salesianos, começa também a elaborar sua síntese pedagógica evangelizadora. Encontra no projeto de Dom Bosco a realização de seus sonhos. Contudo, gera desde sua genialidade feminina o espírito de Mornese, com a abertura à fraternidade, a acolhida incondicional das jovens, a presença materna que sabe partilhar, cativar e vencer os interditos de uma sociedade profundamente machista e rural. Ela não aprendeu o Sistema Preventivo vendo Dom Bosco e os salesianos fazerem, mas foi sensível ao influxo do Espírito Santo que já havia suscitado nela o mesmo interesse e compromisso com a ação preventiva na educação das jovens. (Mendonça Filho: Formação de educadores salesianos III, p. 52).
Irmã Adair Sberga, ao tratar sobre o Sistema Preventivo na perspectiva feminina, também ressalta a liberdade e o protagonismo feminino de Mornese:
Ele (Dom Bosco) confiava na competência daquele grupo e lhes deu autonomia para que, elas mesmas, delineassem uma fisionomia própria para a nova Congregação. Elas foram, então, traduzindo o carisma salesiano ao feminino em fidelidade ao fundador e, ao mesmo tempo, constituindo uma identidade própria mas que era – coo definem os estudiosos da história do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – uma “fidelidade criativa”, com um perfil original de religiosas, pois diferente do padrão da época. (Sberga, Adair Aparecida. “O Sistema Preventivo na perspectiva feminina”, p. 150).
Madre Mazzarello faleceu relativamente jovem, aos 44 anos, em Nizza Monferrato, no dia 14 de maio de 1881. Deixou às suas filhas espirituais uma sólida tradição educativa toda permeada de valores evangélicos: a busca de Deus por meio de uma catequese esclarecida, a responsabilidade no trabalho, a franqueza, a humildade e a alegre doação à missão educativa são alguns dos traços dessa tradição. A santidade de Maria Domingas Mazzarello foi reconhecida pela Igreja em 24 de junho de 1951.
O Instituto das FMA conta atualmente com mais de 12.700 irmãs distribuídas em 1.390 comunidades, em 94 nações, nos cinco continentes. Elas atuam em escolas de educação formal e não formal, universidades, centros de formação profissional, casas de acolhida, obras dedicadas a meninas em situação de rua ou de vulnerabilidade social, associações culturais, ações de voluntariado, catequese, obras de primeira evangelização, missões, obras de promoção da mulher, atividades de microcrédito e microeconomia, entre outras atividades. Todas as atividades têm em comum o cunho educativo e a atenção especialmente voltada às meninas e às mulheres.
3.3 As Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil
Primeira expedição missionária para a América (Uruguai) 1881
Com o mesmo impulso educativo, as Filhas de Maria Auxiliadora chegaram ao Brasil em 1892 e fundaram sua primeira casa, o Colégio Nossa Senhora do Carmo, em Guaratinguetá, SP. O padre João Filippo, que residia na cidade, ofereceu à Congregação Salesiana o edifício do colégio, que já existia, para que fosse aberta uma casa de educação para as meninas. Havia a possibilidade de as irmãs se estabelecerem em Lorena e em Pindamonhangaba, municípios também do interior paulista. Baseada nas crônicas da época, Silvânia Cássia Pereira escreveu uma matéria para o Boletim Salesiano relatando a história:
No dia 5 de março de 1892, partiram de Montevidéu, capital do Uruguai, 12 irmãs Filhas de Maria Auxiliadora com o fim de abrir as ditas três casas. Foi nomeada superiora representante da Visitadora a madre Thereza Rinaldi [...] As irmãs foram recebidas na estação de trem central pelo padre João Filippo, outros sacerdotes da cidade, autoridades civis, muitas famílias e até uma banda musical. Participaram de uma celebração eucarística na Igreja Matriz de Santo Antonio e depois fizeram sua entrada no Colégio Nossa Senhora do Carmo (“Filhas de Maria Auxiliadora: uma história de muitos encontros”).
Alunas internas no Colégio do Carmo, em 1925
O trabalho das Filhas de Maria Auxiliadora logo se estendeu por todo o território nacional. Atualmente, existem no Brasil nove inspetorias FMA, por meio das quais as irmãs se dedicam a escolas, obras sociais, atividades nas paróquias e comunidades, faculdades e missões entre os povos indígenas. Aqui, como em todo o mundo, a ação das FMA está inserida no carisma educativo e pastoral salesiano. E, embora atualmente não exista uma separação entre a educação feminina e a masculina, como era o usual no final do século XIX até meados do século XX, há um direcionamento às meninas em situação de risco social, às mulheres e às famílias das regiões mais carentes.
Aos 120 anos de presença no Brasil, fomos traçando caminhos e escrevendo histórias: das mais diversas, de rostos diferentes, de cores variadas, de acordo com as variadas frentes de trabalho das irmãs salesianas. E, sob a proteção da Virgem Auxiliadora, somos desafiadas a viver o rosto feminino de Deus junto à juventude do Brasil, assumindo os nossos barcos, jogando as nossas redes, confiando que a novidade de cada rede lançada possa tornar o carisma herdado de Dom Bosco e Madre Mazzarello um alimento que sacie o nosso campo educativo (“Filhas de Maria Auxiliadora: uma história de muitos encontros”).
Pausa para o vídeo...
Um vídeo produzido pela Inspetoria Maria Auxiliadora, das FMA no Nordeste, resume a história do Instituto e aponta alguns traços da ação das salesianas atualmente no País. Assista ao vídeo sobre as “Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil”.
3.4 Ação em Rede
Dedicamos duas aulas deste curso para apresentar a história de Dom Bosco e Madre Mazzarello; o que os impulsionou na missão de educar e evangelizar a juventude e como eles colocaram em prática seus sonhos. Também mostramos como esse projeto cresceu, espalhou-se pelo mundo e chegou até o Brasil. O primeiro motivo para isso foi demonstrar que essa proposta educativa, nascida no final do século XIX, é ainda atual. Que podemos seguir os passos de Dom Bosco e Mazzarello, dando continuidade ao caminho iniciado por eles.
Padre João Mendonça afirma que “Dom Bosco e Madre Mazzarello fizeram uma opção fundamentada na caridade, quer dizer, na evangelização dos jovens e das jovens em situação de risco”. E ele questiona quem seriam, hoje, esses jovens:
O que seria, então, vulnerabilidade social dos jovens “marcada por uma extrema diversidade e desigualdades sociais que a caracterizam em nossa sociedade”? Ser jovem, entre 15 a 29 anos,nos remete a energia, vontade de viver, futuro. Entretanto, hoje é comum o contrário. Sem perspectivas e mergulhados numa sociedade de consumo e consumidores, os jovens vivem menos. Os homicídios que, segundo dados do IBGE, aumentam continuamente nos assustam, os suicídios e os acidentes automobilísticos envolvendo jovens ensopam as paginas dos jornais e da TV. Trata-se de uma “juventude altamente vulnerável.” É um grito que sobe aos céus, clamando nossa resposta. (Mendonça Filho: Formação de educadores salesianos II, p. 59).
É um questionamento difícil, desafiador, tanto para as obras salesianas como para os educadores que nelas atuam: como, baseados na pedagogia de Dom Bosco e Mazzarello, podemos atender a esse grito, a essa necessidade dos jovens de acolhida, respeito, proteção, incentivo?
Mas, nessas duas aulas, também ressaltamos que o projeto educativo-pastoral salesiano é realizado em conjunto, por um “amplo movimento de pessoas em favor da juventude”, como queria Dom Bosco. Isso significa que a instituição salesiana em que você atua não está isolada: ela faz parte de uma proposta muito ampla, da qual você participa e na qual é peça fundamental.
Aqui no Brasil, os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora trabalham conjuntamente, por meio da Rede Salesiana Brasil. São cerca de 106 colégios na RSB-Escolas, e mais de 110 obras e presenças sociais ligadas à Rede Salesiana Brasil de Ação Social. Há também dezenas de instituições de ensino superior, outras tantas paróquias, a cargo dos salesianos, religiosos e religiosas que atuam inseridos em comunidades e em aldeias indígenas, sem contar a área de comunicação, em que estão emissoras de rádio e de TV.
Além dos SDB e das FMA, estão presentes no País outros 13 grupos da Família Salesiana que, cada um à sua maneira, seguem o carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello: a Associação dos Salesianos Cooperadores, a Associação dos Ex-alunos (as) de Dom Bosco, a Associação das Ex-Alunas (os) das FMA, a Associação de Maria Auxiliadora, as Irmãs Cáritas de Jesus (antigas Irmãs de Myiazaki), os Voluntários com Dom Bosco, a Associação das Damas Salesianas. Há ainda dois grupos que foram fundados em território nacional: a Congregação das Irmãs de Jesus Adolescente, criada em 8 de dezembro de 1938, em Campo Grande, por dom Vicente Priante, e a Comunidade Canção Nova, fundada em 1978, pelo monsenhor Jonas Abib.
Pausa para o vídeo...
Para finalizar esta aula, assista à reportagem da Série Especial Brasil Salesiano, da Rede Canção Nova, sobre a Família Salesiana:
A reportagem trata do que é realizado atualmente por esses ramos da Família Salesiana. Mostra a atualidade dos ensinamentos de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. Nas próximas aulas, vamos falar sobre como a proposta educativa salesiana se expressa no dia a dia das escolas, obras sociais, faculdades, paróquias e demais casas salesianas. O primeiro tema é o tripé que sustenta o Sistema Preventivo de Dom Bosco: razão, religião e “amorevolezza”. Até a próxima aula!
Ampliando os Saberes...
Realizado para as comemorações dos 140 anos do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, em 2012, o filme Maín, a casa da felicidade – uma biografia da co-fundadora da Família Salesiana, Santa Maria Domingas Mazzarello – alcançou grande sucesso de público e crítica. A maior parte das casas salesianas possui uma cópia em DVD. O filme também está disponível, em versão dublada, no YouTube.
Os três volumes da Formação de educadores salesianos, escritos pelo padre João da Silva Mendonça Filho, têm download gratuito no site da EDB Brasil: http://www.edbbrasil.org.br/literatura-salesiana/
Atividade
Entreviste um padre, um irmão salesiano ou uma irmã salesiana (FMA) que faça parte da instituição em que você trabalha. Pergunte por que ele ou ela decidiu se tornar salesiano (a). Pergunte também qual é a importância de Dom Bosco e de Madre Mazzarello em sua vida. Apresente, em forma de texto ou depoimento gravado em vídeo, o resultado da entrevista.