Aula 05 – Metodologia de Trabalho com Jovens

De modo geral, os processos educativos devem contribuir para responder três questões básicas a respeito de qualquer conhecimento ou saber: 1) O que fazer? 2) Como fazer? 3) Por que fazer? A questão é que, atualmente, grande parte dos sistemas educativos está deixando de lado a terceira pergunta e focando apenas numa perspectiva pragmática de aprendizado.

Este fenômeno não contribui para que os jovens tenham conexão com os conhecimentos que precisam aprender, visto que não conseguem estabelecer sentido para aquilo que está sendo trabalhado.

De modo geral, a forma de fazer educação ainda está baseada num modelo tradicional em que o adulto fala e os jovens escutam. Tal prática parte de uma concepção de que os jovens seriam uma espécie de tabula rasa, ou seja, sujeitos desprovidos de conhecimentos, que precisam ser educados por adultos que conhecem e saber o que ele precisa aprender.

Pesquisas já demonstraram de forma científica que não é assim que os jovens aprendem, pois eles precisam ter contato concreto com os conteúdos do conhecimento que estão sendo abordados. Isso vale tanto para conteúdos programáticos das variadas disciplinas (Matemática, Geografia, Física, História, Química, etc.), como também para valores humanos e institucionais que se pretende trabalhar com eles.

Como desenvolver metodologias adequadas para o trabalho com jovens na atualidade? Esta aula pretende lançar algumas ideias e sugestões para esta questão, buscando refletir sobre as melhores formas de construir os processos educativos juntamente com os jovens.


No vídeo intitulado “O que os jovens querem aprender?”, é possível visualizar algumas respostas de jovens sobre o que gostariam de aprender e sobre metodologias que gostariam que seus professores desenvolvessem nas aulas. Você já dialogou com os seus educandos sobre a forma como eles aprendem mais e melhor? Você já parou para pensar sobre a sua metodologia de trabalho com jovens? Você já dialogou com outros educadores sobre estas questões?



Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=g5MogOGsIU4



5.1. Chave de leitura sobre metodologia de trabalho com jovens

Os atuais sistemas socioeducativos se baseiam, sobretudo, num modelo técnico científico racional, que privilegia apenas a dimensão da racionalidade, ignorando outros elementos importantes da dimensão humana. Em vista disso, é importante pensarmos em formas de trabalho que priorizem outros aspectos para além da dimensão cognitiva. Por isso, nesta parte, vamos abordar uma chave de leitura que pode nos ajudar a compreender como trabalhar melhor com os jovens.

No livro “A Era dos Extremos ", o historiador Eric Hobsbawn fala da brevidade do século XX, pois, de forma simbólica, teria iniciado com a Primeira Guerra Mundial (1914) e terminado com a dissolução da União Soviética (1991). A dissolução da União Soviética é, segundo ele, um divisor de águas da História Mundial, do acontecer político e do agir humano. Até então, tínhamos uma oposição entre duas formas de ação: o respeito à autonomia individual do ocidente e os ideais socialistas do leste. Segundo ele, essas duas perspectivas, até então antagônicas, se encontram e surge um novo ideal de agir humano, que é o solidário e o autônomo.

Dessa forma, o principal desafio é o da construção pedagógica do jovem como solidário e autônomo. Sendo assim, lições, prédicas, preleções, conselhos, exortações, explanações logicamente estruturadas NÃO fazem sentido para os jovens do século XXI. Então, qual deve ser o caminho? Deve ser o das práticas e das vivências. É por meio da participação ativa, construtiva e solidária que os jovens se envolvem nas situações de aprendizagem, na solução de problemas reais da escola, obra social, da comunidade e da sociedade mais ampla.

Isso porque os jovens não são tabula rasa, eles já têm vivências, conhecimentos e participação em diversos espaços sociais que lhes confere capacidade de opinar e de agir. Pode-se considerar que os jovens são fonte de três realidades:

a) Iniciativa (ações)
b) Liberdade (opções)
c) Compromisso(responsabilidade)

Essas realidades devem ser estimuladas, para que o próprio jovem as exerça e não sejam “introjetadas” nele de fora para dentro, pois nossas ações devem despertar o jovem que há em cada jovem.

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A importância de aprender fazendo.
Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/acreditamos-em-fazer-para-aprender-diz-fundador-de-projeto-que-reune-ensino-tecnologia-22558501

Nos espaços educativos, temos uma larga trajetória tradicional que coloca os jovens numa posição de passividade, como se fossem apenas pessoas em fase de preparação para o futuro. Conforme vimos na primeira aula, os jovens precisam ser concebidos como sujeitos, que têm capacidade de ação e de reflexão. Isso implica em superar uma concepção adultocêntrica, que supõe que os adultos sabem e os jovens não sabem. Isso não quer dizer que os adultos não são importantes, mas sim que reconfigura o seu papel, visto que ele deixa de ser o transmissor de conteúdos e de valores e passa a ser o mediador da construção dos conhecimentos e de valores.

Essa é uma concepção que dialoga com o princípio freireano que diz: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (Freire, 1987, p. 68). Desse modo, o desafio é pensar em formas educativas em que educandos e educadores possam construir os conhecimentos de forma horizontal, sem que haja prejuízo para o papel de cada um durante o processo.




 
5.2. Elementos Pedagógicos para Trabalhar com as Juventudes

Leia o texto “A escola dos meus sonhos”, de autoria do Frei Betto. Nele, o autor aponta elementos sobre qual seria a sua escola ideal, ou seja, a escola dos seus sonhos. Ele apresenta situações concretas em que os estudantes teriam uma participação ativa em situações concretas do cotidiano da escola e da sociedade. O conhecimento seria construído a partir de vivências e não de livros didáticos e de conteúdos que não estejam conectados com a vida. Quais reflexões essa leitura provocou em você?

Disponível em: https://camaradecultura.org/a-escola-dos-meus-sonhos-artigo-de-frei-betto/



Na sequência, vamos apresentar situações, características, princípios e sugestões que podem contribuir como elementos pedagógicos que contribuam no trabalho cotidiano com jovens em diferentes espaços educativos.

a) Trabalhar conhecimentos ligados à vida cotidiana

Assim como citado no texto do Frei Betto, é importante pensar em se trabalhar os conteúdos relacionados com a prática. A sugestão interessante é a metáfora do Mapa-Território, do autor chileno Carlos Muñoz, no livro “Do mapa escolar ao território educativo”. Ele afirma que a escola ensina verdades que estão no mapa e não no território, portanto, é preciso conectar os conhecimentos com as realidades concretas. Diz ainda que a escola não é sinônimo de educação. A escola pode ser um mapa de sabedoria, mas a educação é o território onde a aprendizagem acontece.

b) Trabalhar o perfil do estudante pesquisador

No filme “A educação proibida”, há uma informação interessante que diz que 98% das crianças de 5 anos podem ser consideradas gênios, pois são criativas, curiosas e com pensamento divergente. Contudo, aos 20 anos, apenas 10% continuam com esta capacidade. O que isso significa? Entre outras coisas, que é importante desenvolver práticas que instiguem a descoberta do conhecimento e que não sejam apenas uma forma de educação bancária, numa espécie de “depósito de conteúdos” sobre os jovens, pois isso não estimula sua perspectiva como pesquisador. Para Paulo Freire, na educação bancária “o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados” (Freire, 2005, p. 68).

c) Formação para a participação ativa nos processos decisórios da sociedade

É preciso que os jovens tenham experiências concretas para o aprendizado da cidadania, visto que este é um dos objetivos da educação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Para isso, sugere-se algumas iniciativas:

  • Oportunizar experiências de democracia: visitas e realização de projetos com a Câmara de Vereadores do Município, com Assembleia Legislativa do Estado, com o Orçamento Participativo (onde houver), etc.
  • Promover o engajamento participativo: fomentar a participação em espaços coletivos: Grêmio Estudantil, Grupo de Jovens, Voluntariado, Hip-Hop, etc.
  • Estimular a criação do projeto de líderes de turma.
  • Desenvolver experiências de solidariedade em realidades externas ao espaço educativo.

Estas experiências contribuem para que os jovens compreendam, desde muito cedo, a pensar sobre o seu papel na sociedade, bem como a desenvolver processos de liderança. De acordo com a autora Viviane Mosé,

Temos que acreditar na nossa juventude como criadora de conteúdo, mas estamos ensinando ainda como um país submisso, que faz com que crianças se enquadrem numa estrutura que não é mais contemporânea. A nossa educação é castradora, está sempre cortando a cabeça dos líderes e inteligentes. A nossa melhor educação elimina as nossas lideranças. Este é o problema (O Globo, 2013, p. 1).

De acordo com a autora, é preciso pensar outras práticas educativas para que tenhamos formação de lideranças. Isso envolve, necessariamente, acreditar no potencial de participação dos jovens.

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Voluntariado salesiano no Nordeste.
Fonte: https://salesianos.org.br/voluntariado/

d) Aprendizagem das escolhas

Vivemos numa sociedade do “Erro Zero”, em que há a cobrança pela perfeição, em que não se pode errar. Isso gera sintomas de ansiedade, impossibilitando que os jovens possam fazer escolhas, sem uma preocupação excessiva. Por isso, pode-se estimular que os jovens:

  • façam escolhas;
  • possam errar e acertar, a partir das escolhas feitas;
  • assumam responsabilidades pelas escolhas realizadas;
  • possam reconhecer possíveis limites para decidir e buscar ajuda;
  • possam redefinir as escolhas, caso seja necessário;
  • tenham consciência do processo realizado

Quando os jovens têm a possibilidade de realizar este processo, acompanhados de adultos que possuem uma postura compreensiva, que não julgam suas opções, mas orientam e ajudam, temos uma maior chance de termos a formação de sujeitos autônomos, que constroem a sua própria história.

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Fonte: https://frasesfofas.com/frases-de-escolhas/

e) Mudanças na vivência dos tempos

De acordo com o antropólogo Alberto Melucci, a vivência do tempo é diferente, de acordo com os tempos históricos, com os grupos sociais ou de acordo com as instituições. Ele usa três metáforas para falar simbolicamente sobre estas diferentes vivências.

● Primeira metáfora: o círculo. Neste caso, o tempo é percebido e vivido como um retornar cíclico de todas as coisas, segundo a lei imposta por um evento primário e atemporal, que se repete nos fenômenos visíveis e então governa seu regular aparecimento e desaparecimento. As coisas se repetem e nada é definitivamente adquirido ou perdido, em analogia com os grandes ciclos da natureza.

● Segunda metáfora: a flecha. Aqui, o tempo segue seu rumo, tem uma finalidade que é também o seu fim, ou seja, é o ponto final que dá sentido a todo o percurso precedente e ilumina as passagens intermediárias.

● Terceira metáfora: o ponto. O ponto representa a experiência, a percepção de uma experiência descontínua, mista, heterogênea, uma sucessão de momentos temporais, muitas vezes, desconexos entre si.

Para o autor, a terceira figura do tempo, o ponto, está presente com maior intensidade no mundo contemporâneo. Pode-se inferir que a experiência temporal descontínua, mista e heterogênea afeta, sobretudo, as gerações jovens, pois elas vivem de modo mais radical tal situação, dado que nasceram num período histórico já marcado por estes aspectos.

De modo geral, as instituições educativas trabalham com as dimensões temporais do círculo e da flecha, sem possibilidades de alteração dos tempos previamente organizados. Por outro lado, os jovens vivem a dimensão temporal do ponto, que é muito mais específica e difusa. Essas diferenças nos modos de viver os tempos tem gerado dificuldades entre as instituições e os jovens, provocando a necessidade de repensar como os tempos são organizados e vividos nos espaços educativos.

f) Conceber os jovens como protagonistas

Os jovens, quando chegam à escola ou outro espaço educativo, traz consigo inúmeras vivências e saberes que ele construiu em diferentes grupos, experiências e processos que ele já teve oportunidade de se envolver anteriormente. Sendo assim, eles têm condições de participar, de opinar, de contribuir, pois ele é sujeito.

Os jovens têm anseio de que as escolas e demais espaços educativos valorizem os conhecimentos prévios que eles carregam. O jovem deve ser considerado protagonista em todos os espaços educativos, inclusive, dentro da sala de aula.

g) Apostar na coletividade

A juventude pode ser considerada um dos segmentos sociais que mais gosta da coletividade, de estar com os amigos, portanto, potencializar a interação e os processos grupais é algo fundamental nos espaços educativos.

Para o autor José Machado Pais (2003, p. 132) “os amigos constituem o espelho de sua própria identidade, através dos quais fixam semelhanças e diferenças em relação aos outros”. Isso demonstra a importância que os amigos têm para os jovens e como este não é um aspecto secundário em suas vidas.

Desse modo, é fundamental que as instituições educativas potencializem as relações interpessoais, os trabalhos em grupo e o fortalecimento das amizades.

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Coletividade:
Fonte: https://m.politicaporelas.tv.br/colunas/a-filosofia-africana-do-ubuntu-a-coletividade-e-a-politica-para-um-futuro-de-humanidade/

h) Diálogo como ferramenta pedagógica

O diálogo pode ser considerado uma das principais ferramentas pedagógicas para o trabalho com as juventudes. Os/as professores/as mais respeitados pelos alunos são aqueles que dialogam com eles. O diálogo possibilita estabelecer uma conexão entre os sujeitos, que, muitas vezes, estão afastados pelas barreiras que se criam.

Os jovens têm uma grande necessidade de serem escutados e de falarem com pessoas que são sensíveis e compreendam aquilo que estão vivendo, sem fazer julgamentos morais ou repressões. Por isso, é fundamental estabelecer diálogos verdadeiros com os jovens.

Inspirados em Rubem Alves, poderíamos afirmar que todo espaço educativo deveria ser um espaço de escutatória, que ouça os jovens com sensibilidade, numa tentativa de estabelecer empatia e ouvir aquilo que eles têm a dizer.

Assista ao vídeo “Escutatória”, de Rubem Alves. Neste vídeo, temos o texto “Escutatória”, do autor Rubem Alves, sendo lido em voz alta. Ele reflete sobre a importância de ouvir mais do que falar, numa sociedade que privilegia exatamente o contrário. A partir do vídeo, o que você pensou sobre os processos de escuta dos jovens com os quais você trabalha?



Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=n8S0PN2tRno


i) Trabalhar com elementos visuais e dinâmicos

Grande parte das aulas e atividades pedagógicas ainda estão calcadas na prática da oralidade, em que um adulto fala e os estudantes escutam. Contudo, vivemos na era das imagens e dos vídeos e a maior parte das crianças e jovens cresceram sob esta perspectiva. Por que, então, as escolas continuam apostando quase exclusivamente na oralidade?

Um dos desafios pedagógicos do presente é trabalhar mais com imagens, com vídeos, com dinâmicas e com ludicidade. Estes elementos contribuem para que os jovens consigam ter maior conexão com os conteúdos que estão sendo trabalhados, a partir dessa forma de interação com os mesmos.

j) Desenvolver o Projeto de Vida

O antropólogo italiano tem um livro intitulado “O jogo do eu: a mudança de si em uma sociedade global”, em que enfatiza que em nenhum momento histórico foi tão difícil como agora, responder à pergunta “Quem sou eu?”. De acordo com o autor, o “eu” joga de um lado para o outro, desconcertado com a quantidade de possibilidades que há ao seu dispor e, por outro lado, frustrado com a dificuldade em decidir quais são as escolhas que quer fazer para a sua vida.

Desse modo, é fundamental que os espaços educativos contribuam para o desenvolvimento do projeto de vida dos jovens, abarcando as dimensões do passado, do presente e do futuro.

Muitos jovens já passaram por tantas dificuldades que, em algum momento da vida, eles precisam encontrar alguém que acredite mais neles do que eles próprios. Essa pessoa pode ser um educador que acredita nos seus potenciais e estimula, para que elaborem seus projetos de vida, se permitindo sonhar com aquilo que almejam para as suas vidas.

1) O caderno “Estratégias metodológicas de trabalho com jovens” faz parte da coletânea “Cadernos temáticos: juventude brasileira e Ensino Médio”. Foi produzido como uma das ações do projeto Diálogos com o Ensino Médio, desenvolvido pelo Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e pelo Observatório Jovem da Universidade Federal Fluminense – UFF, em parceria com o Ministério da Educação. Ele contém reflexões e dicas práticas muito interessantes para o trabalho com jovens. Confira!

Disponível em: https://observatoriodajuventude.ufmg.br/wp-content/uploads/2021/07/Caderno-12-Estrategias-Metodologicas-de-Trabalho-com-Jovens-1.pdf

2) O livro “Por uma pedagogia das juventudes: experiências educativas do Observatório da Juventude da UFMG”, organizado pelo professor Juarez Dayrell, apresenta sistematizações importantes de um dos mais antigos observatórios de juventude do Brasil. Este não é um livro para, necessariamente, ser lido de uma vez só. Ele pode ser lido aos poucos, ser debatido com colegas, ser compartilhado com educadores que trabalham com jovens. Indica-se, especialmente, o capítulo intitulado “Por uma pedagogia das juventudes” (p. 249), em que os autores apresentam os seus princípios de um trabalho eficiente com jovens.

Disponível em: https://reaju.files.wordpress.com/2018/07/livro_por_uma_pedagogia_das_juventudes.pdf



Nesta aula, foi possível abordar alguns aspectos sobre a metodologia de trabalho com jovens. Não são propostas e receitas prontas, mas algumas chaves de leitura e dez princípios metodológicos: 1) Trabalhar conhecimentos ligados à vida cotidiana; 2) Trabalhar o perfil do estudante pesquisador; 3) Formação para a participação ativa nos processos decisórios da sociedade; 4) Aprendizagem das escolhas; 5) Mudanças na vivência dos tempos; 6) Conceber os jovens como protagonistas; 7) Apostar na coletividade; 8) Diálogo como ferramenta pedagógica; 9) Trabalhar com elementos visuais e dinâmicos; 10) Desenvolver o projeto de vida.

Estes não são os únicos e podem ser complementados com outros princípios de cada espaço. Além disso, os jovens de cada realidade vivem diferentes perspectivas, por isso, é importante conhecer bem qual é a situação dos jovens com os quais irá trabalhar, para, assim, poder desenvolver um processo pedagógico melhor.